Análise 2


Análise 2

A segunda análise que faço tem a ver com a postagem sobre a Pedagogia da Pergunta, ela foi uma das teorias estudadas que também consegui colocar em prática.  Freire (1985) traz sobre o respeito às perguntas das crianças, que o conhecimento pode surgir de uma pergunta, foi o que me instigou a colocar em prática durante o estágio, ao criar os projetos de aprendizagem de cada aluno e aluna, que com uma pergunta de investigação, buscavam resolver curiosidades de cada um e cada uma e ao mesmo tempo, possibilitei aos estudantes a relação dialética, eles puderam intervir, questionar e auxiliar uns aos outros na busca por estes conhecimentos, que foram tão diversos e tão ricos que resultaram em pbworks individuais. Dinossauros, cascão da pele, carros, slimes, adolescência, faraós, por que as pessoas choram? Esses e outros assuntos estavam permeando a curiosidade de meus alunos de quinto ano e para chegar às respostas de suas dúvidas buscaram outras perguntas, as questões secundárias. Conversaram entre si, ouviram dicas uns dos outros e meu papel em todo esse processo foi de fato de mediadora, auxiliando quando necessário. Percebi que praticar essa pedagogia dialética, construtivista não é difícil e nem nos torna menos professores, como muitos colegas pensam. Assistir ao processo de construção de conhecimento de estudantes mais autônomo é sem dúvida uma das grandes aprendizagens que estou levando para minha prática diária.

"Para um educador nesta posição não há perguntas bobas nem respostas definitivas. Um educador que não castra a curiosidade do educando, que se insere no movimento interno do ato de conhecer, jamais desrespeita pergunta alguma. Porque, mesmo quando a pergunta, para ele, possa parecer ingênua, mal formulada, nem sempre o é para quem a fez. Em tal caso, o papel do educador, longe de ser o de ironizar o educando, é ajudá-lo a refazer a pergunta, com o que o educando aprende, fazendo, a melhor perguntar."
Paulo Freire


E foi, exatamente o que está exposto na frase acima que busquei, auxiliar a reconstrução de perguntas, sem nunca descartar o interesse do estudante, mesmo que para mim o assunto não fosse apropriado ou interessante e ao ver valorizadas suas hipóteses, suas descobertas eles se sentiam motivados a buscar mais.


FREIRE Paulo, 1985. Por uma Pedagogia da Pergunta. – Rio e Janeiro: Paz e Terra, 1985. (Coleção Educação e Comunicação: v. 15)

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