Conhecimento, erro e ilusão


Edgar Morim em sua obra “OS SETE SABERES NECESSÁRIO À EDUCAÇÃO DO FUTURO, capítulo I, AS CEGUEIRAS DO CONHECIMENTO: O ERRO E A ILUSÃO” nos apresenta que todo conhecimento traz em si o erro e a ilusão e que ambos não se reconhecem como tal, o papel da Educação é mostrar que todo conhecimento pode ser ameaçado pelo erro ou ilusão, ou seja, não há conhecimento estanque. A teoria da informação, por exemplo, mostra que o erro pode ocorrer pelo efeito da transmissão da informação. Nossas emoções e percepções tem influência direta na questão do erro, mas é impossível dissociar inteligência e afetividade “A afetividade pode asfixiar o conhecimento, mas também pode fortalece-lo.” (2002, p. 20). Desta forma o raciocínio pode diminuir ou ser destruído pela falta de emoção. O intelecto e o afeto têm uma relação indissociável e reciproca. O conhecimento científico, por exemplo, não resolve sozinho questões filosóficas, éticas e epistemológicas.

Cabe à Educação, segundo o autor, identificar a origem dos erros, ilusões e cegueira. O destaque para a fantasia e a colocação sobre a capacidade mentir para nós mesmos, criando ilusões são itens importantes trazidos no texto. A memória que é fonte de verdades pode estar sujeita a erros e ilusões, pois acaba sendo seletiva. A cegueira está relacionada aos paradigmas que embora sejam inconscientes controlam e sustentam o pensamento consciente. Assim, conforme o autor, um paradigma pode ao mesmo tempo clarear e escurecer, revelar ou ocultar algo.

Referência Bibliográfica:

MORIN, Edgar. Os setes saberes necessários à educação do futuro. Cortez Editora. 5ª edição. São Paulo: Cortez; Brasilia, DF: UNESCO. 2002 (Cap. I, p. 19 a 27)

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