Análise 10


Análise 10
Para fechar este momento de análises e reescritas optei por reescrever um poema, que já era uma releitura de Manoel de Barros, Segue a nova escrita:

A pedagoga

Difícil fotografar a pedagoga.
Entretanto tentei. Eu conto:
O lado da transformação não é fácil de encontrar.
Não se ouvia um barulho, nenhuma criança gritava.
Era o lado de dentro.
Eram quase oito semestres.
Blogs cheios, muitas vozes gritando, ecoando em sua cabeça.
Vygotsky, Piaget, Morin...
O objetivo era referenciar
Sua prática justificar.
Fotografei a pessoa.
Aquela que arriscou e investiu em formação.
Quando não se tinha nada, nem mesmo valorização
Tinha um cheiro de novidade, saberes e trocas.
Fotografei os pbworks, workshops e cada apresentação.
Vi que não era mais a mesma, mutação.
Eu achava que conhecia.
O transformar do educador.
Fotografei o início.
Me perdi no meio, personagens surgiam e nem sempre apareciam.
O aluno, a aluna.
Ele ou ela? Quem é quem neste lugar?
Mas me vi.
Ali estava eu a fazer parte
da metamorfose.
Que vem de uma iluminada transformação.
Do estudo, da prática, da reflexão
de perceber o erro e dele partir
Para que com humildade
Sejamos pedagogas de verdade.

Lucinéia E. Happeck


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Análise 9


Análise 9

Da postagem sobre o recorte da realidade e análise de um filme e um texto eu retiro “este desencontro da escola com a sociedade está interferindo intensamente nas relações que se estabelecem dentro e fora dela”. E durante as aprendizagens e preparação para o estágio eu busquei o oposto a esta a formação, busquei a aproximação entre escola e sociedade, levando para a sala de aula o que chamei de “outras vozes”, pessoas que poderiam contribuir de alguma forma, de modo colaborativo, com as aprendizagens dos estudantes e ao leva-los pra prefeitura e câmara de vereadores intencionei que se encontrassem na sociedade, que percebessem a importância de seu papel de cidadãos e cidadãs. A experiência foi muito positiva e mais uma vez incentivada pelas inquietações dos estudos anteriores.

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Análise 8


Análise 8

Falar sobre o erro não pode ser visto como algo negativo sob o ponto de vista da avaliação e é esse meu objetivo ao retomar a postagem que trata do Erro. Nesta postagem eu já citava o texto de Morin onde vimos que todo conhecimento traz em si o erro e a ilusão, a cegueira e os paradigmas.
Ao longo destes 4 anos eu tive muitos momentos de “cegueira” caracterizadas pelos paradigmas que me ocultaram e em outros momentos revelaram que muitos dos conhecimentos que eu estava ressignificando eu só o estava fazendo por desconstruir o anterior, que era julgado em meu inconsciente como correto. Desta forma, avaliando minhas aprendizagens percebo que meus erros, minhas tentativas e minhas ilusões foram contribuintes indispensáveis para a pedagoga que estou me tornando.
Como exemplo, logo no início dos preparativos sobre o estágio eu tinha uma assunto em mente, que era relacionado ao letramento digital, ocorre que percebi que não poderia desenvolver em tão pouco tempo e resolvi trabalhar a autonomia e cooperação que já estavam previstas em meu pré projeto, mas como ferramenta de trabalho, não de estudo. O que poderia ser visto como um erro, a troca do foco, trouxe aprendizagens importantes e modificou minha prática, pois as estações de aprendizagem e a colaboração estão fazendo parte de meus dias em 2019.

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Análise 7


Análise 7

O que tenho percebido, ao longo destas releituras de minhas postagens é o quanto o que foi refletido ao longo dos quatro últimos semestres se fez presente em minha prática de estágio, como que comprovando a eficiência deste processo de preparação. Tratando agora de Escolas Democráticas, na postagem de abril de 2018 eu evidenciava a minha intencionalidade de buscar a democracia dentro de minha própria sala, partindo do micro para o macro.
Escrevi “Uma sala de aula democrática, respeitando as escolhas do centro do estágio, os estudantes, que seriam responsáveis por seus conhecimentos, pela construção das regras e combinados, que teriam seus interesses respeitados e ao mesmo tempo tivessem realizando tudo isso em ambientes informativos e comunicativos de aprendizagem.”
Não posso afirmar que tenha conquistado tudo isso em poucos meses, mas certamente a experienciação de respeitar as escolhas, de construir regras de forma coletiva e de tornar os estudantes responsáveis pelo seu conhecimento e aprendizagens eu acredito que tenha iniciado. Foi de fato um ambiente democrático, onde em nenhum momento dos dois meses em que fiquei com eles eu tive sequer um problema de comportamento ou conduta, as aulas transcorriam de forma natural, numa “desordem organizada” pois eles estavam à frente de suas construções e pude mediar os conhecimentos que eram construídos e ressignificados.

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Análise 6


Análise 6

O sexto ponto de minhas revisitas, de análise de minhas escritas e evoluções de aprendizagem, diz respeito ao encantamento que tinha e tenho, com o letramento digital. À época eu escrevi “Os estudantes também serão, ainda segundo Fonseca (2005) capazes de localizar, filtrar e avaliar criticamente diversas informações. O direito de acesso às redes de informações passa a ser uma nova forma de liberdade de expressão e precisamos possibilitar isso em nossas aulas, se quisermos de acompanhar nossos alunos em suas produções para além da sala de aula.” E de fato, em meu trabalho efetivo em sala de aula, como pedagoga, no período de estágio, pois ao permitir que levassem os computadores para casa eles puderam vivenciar a produção além da sala de aula, como uma continuidade e se sentiam motivados e felizes em realizar isso. Analisaram de forma crítica as informações que obtinham, buscando mais de uma fonte, fazendo comparações e dialogando entre eles, num espaço de discussão denominado “espaço das ideias”. Acabou não sendo o foco de meu trabalho, porque não senti segurança em desenvolver num período tão curto de tempo, mas certamente é um assunto que renderia uma excelente pesquisa e quem sabe, em meu futuro, não venha a trabalhar com ele.

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Análise 5


Análise 5

Analisando, pela quinta vez, minhas postagens, trago à pauta a questão do Planejamento, não como mecânica reação, mas como ação pedagógica. A disciplina de Didática me fez refletir, repensar o planejamento que eu sempre faço. Ao utilizar o planejamento para o estágio eu pude rever conceitos e itens que eu não costumava usar em meu dia a dia, como os objetivos. Não que eu não os tivesse, mas não costumava escrever, pois entendia que os mesmos estariam internalizados em minha ação. Porém, construir o planejamento do estágio exigiu muito de mim, principalmente, mais uma vez, por eu não ter a base que o magistério dá, então, foi um momento difícil, em que usando a expressão popular “ a dor ensinou a gemer” ou seja, eu tive que voltar aos estudos da didática para conseguir construir este planejamento. O que ficou de lição, a mudança em minha prática, pois desde o início deste ano coloco em meu planejamento semanal os objetivos, o que pretendo fazer, o que quero atingir, como fazer e assim o meu trabalho parece ter ficado mais claro, mais visível. Outra aprendizagem que não vou esquecer, ao contrário, pretendo aprimorar.

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Análise 4


Análise 4

Na minha quarta análise trago a utopia de “Um outro mundo possível, mais perto do que imaginamos”, onde relato sobre a descoberta do Projeto Amora e o quanto fiquei encantada com o mesmo. Tão encantada que ele foi a grande inspiração para que eu tentasse esse “outro mundo”, aqui uma metáfora da sala de aula que idealizo. Ao ler sobre o projeto, tive a ousadia de querer algo parecido em meu curto período de regência, durante os cerca de 2 meses de estágio. Pratiquei muito do que vi no Amora, mas adaptando à minha realidade e percebi que é possível fazer um espaço diferente, perto de nós. O fato do Amora acontecer em Porto Alegre, estar vinculado à UFRGS fez com que se tornasse ainda mais inspirador, pois quando um projeto é realizado em outro país, como no caso da escola da Ponte, parece que todas as questões socioculturais daquele país nos distanciam e que aquilo que lá funciona, talvez não acontecesse aqui. Mas Porto Alegre é ali, está perto e quando li tive a certeza do que eu queria para o espaço de sala de aula que estaria sobre a minha responsabilidade. Os objetivos do Amora e as minhas intenções eram similares, eu pretendia redimensionar os tempos e espaços, transformar a sala de aula em um espaço colaborativo e que promovesse a autonomia e acredito que através da interdisciplinaridade efetiva, dos projetos de aprendizagem e das estações de trabalho, aliadas às tecnologias, à ciência de que não somos detentores do saber, permitindo outras vozes dentro e fora do espaço da sala de aula, utilizando de uma metodologia construtivista, este outro mundo seria possível e de fato o foi.

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Análise 3


Análise 3

A minha terceira análise é sobre a postagem na qual eu questionava sobre “Como podemos enquanto educadores contribuir para uma sociedade mais ética?”, à época eu escrevi sobre uma reflexão que o texto da disciplina de Filosofia trouxe, acerca do que é ser ético, e falava sobre a autoria de trabalhos. Escrevi “Penso que, respondendo à questão, a contribuição se dá de duas formas, através do exemplo e através da reflexão sobre a ação. Somos espelho para nossos estudantes e devemos ter noção da responsabilidade que isso implica, portanto, para cobrar algo ético, devemos ser éticos. E quando estivermos diante de situações que exijam posicionamento ético a melhor maneira é levar todos à reflexão, praticando a empatia.”

Acabei de fato praticando isso, durante o estágio, ao trabalhar os projetos de aprendizagem que levaram à escrita dos pbworks dos estudantes, eu li em muitos momentos textos ótimos que teriam dado um excelente trabalho para qualquer orientador ver, mas na hora percebi que não era a escrita daquele aluno ou aluna e que eu deveria intervir e em conversa, tranquila, individual, os fiz refletir sobre a autoria, levantei questionamentos. Logo depois, em um momento coletivo falei sobre as referências, sobre colocar isso em seus trabalhos e o resultado foi que os estudantes aprenderam sobre plágio, sobre referências bibliográficas, sobre autoria e sobre valorizar suas próprias escritas. Os pbworks construídos ficaram com a “carinha” do estudante que os escreveu, e nesta aula trabalhamos a ética, o respeito aos pensamentos e escritas de cada pessoa. A resposta à minha questão, surgida numa aula, foi dada na prática.

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Análise 2


Análise 2

A segunda análise que faço tem a ver com a postagem sobre a Pedagogia da Pergunta, ela foi uma das teorias estudadas que também consegui colocar em prática.  Freire (1985) traz sobre o respeito às perguntas das crianças, que o conhecimento pode surgir de uma pergunta, foi o que me instigou a colocar em prática durante o estágio, ao criar os projetos de aprendizagem de cada aluno e aluna, que com uma pergunta de investigação, buscavam resolver curiosidades de cada um e cada uma e ao mesmo tempo, possibilitei aos estudantes a relação dialética, eles puderam intervir, questionar e auxiliar uns aos outros na busca por estes conhecimentos, que foram tão diversos e tão ricos que resultaram em pbworks individuais. Dinossauros, cascão da pele, carros, slimes, adolescência, faraós, por que as pessoas choram? Esses e outros assuntos estavam permeando a curiosidade de meus alunos de quinto ano e para chegar às respostas de suas dúvidas buscaram outras perguntas, as questões secundárias. Conversaram entre si, ouviram dicas uns dos outros e meu papel em todo esse processo foi de fato de mediadora, auxiliando quando necessário. Percebi que praticar essa pedagogia dialética, construtivista não é difícil e nem nos torna menos professores, como muitos colegas pensam. Assistir ao processo de construção de conhecimento de estudantes mais autônomo é sem dúvida uma das grandes aprendizagens que estou levando para minha prática diária.

"Para um educador nesta posição não há perguntas bobas nem respostas definitivas. Um educador que não castra a curiosidade do educando, que se insere no movimento interno do ato de conhecer, jamais desrespeita pergunta alguma. Porque, mesmo quando a pergunta, para ele, possa parecer ingênua, mal formulada, nem sempre o é para quem a fez. Em tal caso, o papel do educador, longe de ser o de ironizar o educando, é ajudá-lo a refazer a pergunta, com o que o educando aprende, fazendo, a melhor perguntar."
Paulo Freire


E foi, exatamente o que está exposto na frase acima que busquei, auxiliar a reconstrução de perguntas, sem nunca descartar o interesse do estudante, mesmo que para mim o assunto não fosse apropriado ou interessante e ao ver valorizadas suas hipóteses, suas descobertas eles se sentiam motivados a buscar mais.


FREIRE Paulo, 1985. Por uma Pedagogia da Pergunta. – Rio e Janeiro: Paz e Terra, 1985. (Coleção Educação e Comunicação: v. 15)

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Análise 1


Análise 1

Ao revisitar minha postagem sobre “O jogo, o lúdico e o concreto” de 2017, veio em minha mente, na hora, o trabalho que consegui realizar com a Matemática durante meu estágio. Na época da postagem, eu estava perdendo o receio da matemática, construído desde minha infância e não conseguia ver muitas possibilidades de práticas além do uso do computador e jogos matemáticos online. Durante o estágio, porém, tentando transformar as disciplinas do quinto ano em Interdisciplinas, surgiu no trabalho com a geografia e economia local a pesquisa sobre as profissões dos pais do estudantes e a partir daí, o trabalho com a criação das famílias hipotéticas, que envolveram pesquisa sobre os salários médios regional, criação de conta bancária fictícia, aprendizagem sobre o funcionamento básico de uma conta, preenchimento de cheques e uso de cartão, fizeram em casa, com a família a lista de compras mensal, foram ao mercado pesquisar preços, calcularam o valor de suas listas de compras, tiveram que pagar contas também fictícias de água e luz, assim, modificaram inclusive posturas em casa, tornando-se mais cuidadosos e econômicos, segundo relato de algumas famílias. Consegui trabalhar de forma lúdica e concreta a matemática, seus conceitos e assim levar para o uso cotidiano. Foi gratificante e uma das maiores transformações que o curso me trouxe, a minha nova paixão, a matemática.









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