Faça amor, não faça guerra! Educação humanizadora é o caminho.



Faça amor, não faça guerra! Educação humanizadora é o caminho.



      “Que se destine meu aluno à carreira militar, eclesiástica ou à advocacia, pouco me importa. Antes da vocação dos pais, a natureza chama-o para a vida humana. Viver é o ofício que quero ensinar. Saindo de minhas mãos, ele não será, concordo, nem magistrado, nem soldado, nem padre; será primeiramente um homem.” Jean Jacques Rosseau



     Estou realmente preocupada com a iminência da III Guerra Mundial e penso que temos de tratar desta questão, dentro da escola, de maneira a humanizar nossos alunos. A frase acima diz muito, precisamos tocar neste assunto, na afetividade, no lado humano que parece estar aos poucos se extinguindo diante de tanta violência, descaso com a vida e com as relações, tão bem descritas como "líquidas" por Zygmunt Bauman. 


     Conforme SPAGOLLA  "A educação para a humanização significa pensar e agir fundamentando-se em princípios éticos responsáveis, determinações políticas interventivas, criatividade estética sensibilizatória. Nesta direção, a humanização da educação e da escola é, ao mesmo tempo, processo e produto, nascida e conquistada num projeto de mútua determinação e radicais lutas de educadores transformadores." Como educadora transformadora, acredito que mesmo estando diante de uma possível guerra, que traz todas as tristes consequências historicamente conhecidas, precisamos nos manter acreditando no ser humano e buscando semear em nossos alunos a paz. Ela deve começar dentro da escola, através, por exemplo, da mediação de conflitos, das justiça restaurativa e não punitiva. Se a cada conflito em sala ou na escola conseguirmos mediar de forma a restaurar a paz, mostrando os benefícios desta estaremos dando pequenos passos em direção a um mundo melhor.

     Por outro lado, me preocupa também o distanciamento afetivo do professor em relação a seus alunos, cada vez mais temos educadores que entram e saem das salas de aula sem tocar seu aluno, seja fisicamente, através de um gesto de carinho ou emocionalmente através de reflexões sobre a vida. Precisamos rever isto urgentemente. A maldade existe, está próxima de nós, mas é subjetiva e cabe a nós, educadores da transformação buscar escudos diante da arma da guerra e o melhor deles ainda é o amor.


Referência:
 SPAGOLLA, Rosimeire de Paula. AFETIVIDADE: POR UMA EDUCAÇÃO HUMANIZADA E HUMANIZADORA. Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE. Secretaria de Estado da Educação – SEED. Orientador UENP: Professor Dr Antonio Carlos de Souza. 
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/2343-8.pdf

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