Os saberes históricos

OS SABERES HISTÓRICOS


Observe os quadrinhos:




     A história acima traz uma reflexão sobre a importância de valorizar os saberes que nossas crianças e adultos trazem. Faz-nos pensar também sobre a significação de conteúdos tidos como fundamentais para a real aprendizagem.
   Levando para a disciplina de Representação do Mundo pelos Estudos Sociais, por exemplo, e pensando nas propostas de trabalho que sugeri ao longo dos trabalhos, como a valorização do espaço do arroio que deu nome à cidade, penso que uma das primeiras estratégias de instigar o trabalho junto às crianças seria ouvindo a sabedoria popular, que felizmente, por ser uma cidade relativamente "nova" ainda temos pessoas da comunidade para contar sobre os primeiros tempos em Arroio do Sal, ainda antes de sua emancipação. 
     Que possamos sempre nos lembrar que segundo a professora e pesquisadora de Educação de Jovens e Adultos (EJA) e organizadora do livro Memorial Paulo Freire: Diálogo com a Educação (Expressão e Arte), Noêmia de Carvalho Garrido, os projetos devem estar ligados à comunidade, trazer a história de vida dos educandos, para então trabalhar a sistematização dos conteúdos que a escola exige. “O homem, em sua formação, não é dividido, ele é integral, o conhecimento que vem de fora da escola é integral. Só se fragmenta na sala de aula”, diz.

 “Para trabalhar na perspectiva de Freire, é preciso atuar de modo interdisciplinar. Os temas têm que conversar entre eles, a partir de um eixo norteador”. Dentro dos ensinamentos de Freire, esse tema vai ser levantado a partir das necessidades e interesses dos educandos, ou até mesmo da troca de educador e educandos."

Fonte de pesquisa Porvir.

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Pedagogia da Pergunta

PEDAGOGIA DA PERGUNTA



O livro " Por uma Pedagogia da Pergunta" de Paulo Freire é muito interessante. O encontro do educador Paulo Freire com o filósofo chileno Antonio Faundez resultou neste texto. Discutem as diferentes experiências vividas em seus países de origem, confrontando os pontos de vista político e pedagógico; questionam o papel do intelectual nas sociedades em transformação e sua relação com as camadas populares; recolocam a importância da relação dialética entre teoria e prática, viabilizando revisões fundamentais. A obra coloca em evidência um método a ser utilizado por cientistas sociais - o repensar constante. (fonte do resumo: Google Books)

Traz, como todos os seus escritos, uma visão da Pedagogia Crítica, cujo foco está na criança e no aprender dela e não no professor e no seu ensinar. A proposta de Freire é que todo conhecimento pode surgir de uma pergunta, a busca de soluções a ela traz a curiosidade e o aprendizado. 

" Segundo, ele aprende com aquele a quem ensina, não apenas porque se prepara para ensinar, mas também porque revê o seu saber na busca do saber que o estudante faz. Tenho insistido em trabalhos antigos como em recentes, em quanto a inquietação dos estudantes, a sua dúvida, a sua curiosidade, a sua relativa ignorância devem ser tomadas pelo professor como desafios a ele. No fundo, a reflexão sobre tudo isso é iluminadora e enriquecedora do professor como dos alunos. A curiosidade do estudante às vezes pode abalar a certeza do professor. Por isso é que, ao limitar a curiosidade do aluno, a sua expressividade, o professor autoritário limita a sua também. Muitas vezes, por outro lado, a pergunta que o aluno, livre para fazê-la, faz sobre um tema, pode colocar ao professor um ângulo diferente, do qual lhe será possível aprofundar mais tarde uma reflexão mais crítica."
Paulo Freire

Gostei muito da proposta da aula de Representação do Mundo pelas Ciências, onde a professora nos pede uma pergunta que nos desestabilize em relação à Ciências e pede que tentemos intervir nas perguntas das colegas. Achei divertidíssimo e me encantei lendo as perguntas e as respostas. Ali eu percebi que num exercício assim, simples em seu enunciado pode trazer grandes conhecimentos e pode tornar uma aula realmente interessante, basta que o professor se dispa de seus velhos vícios e conforme Freire, respeite as perguntas de seus alunos.

"Para um educador nesta posição não há perguntas bobas nem respostas definitivas. Um educador que não castra a curiosidade do educando, que se insere no movimento interno do ato de conhecer, jamais desrespeita pergunta alguma. Porque, mesmo quando a pergunta, para ele, possa parecer ingênua, mal formulada, nem sempre o é para quem a fez. Em tal caso, o papel do educador, longe de ser o de ironizar o educando, é ajudá-lo a refazer a pergunta, com o que o educando aprende, fazendo, a melhor perguntar."
Paulo Freire


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O jogo, o lúdico e o concreto.

O JOGO, O LÚDICO E O CONCRETO.



Tenho conseguido, ao longo dos estudos na disciplina de Representação do Mundo pela Matemática , perceber que esta disciplina é mais fácil do que eu imaginava e que pode ser tão divertida quanto o Inglês ou qualquer outra, se soubermos utilizar de uma metodologia que encante, que faça pensar, que instigue, que desafie nosso aluno. 
O uso do concreto, para que a criança consiga construir o número, compreendê-lo é fundamental. Os jogos, o lúdico, a brincadeira pode ser uma grande aliada no intuito de formar novos aprendizes da Matemática prazerosa. 


Pensando neste afirmação acima, fui atrás de um material que já utilizei com alunos, quando responsável pelo laboratório de informática de minha escola. Num projeto onde auxiliava às professoras do currículo a encontrar alternativas para aprendizagem de conteúdos, através de objetos virtuais e trago o "Casa de Carne", as imagens mostram o passo a passo deste jogo, que os pequenos adoram:









O que o torna interessante é que traz alguns saberes práticos, como o reconhecimento dos nomes dos cortes de carne em relação ao animal e cálculos simples de quantidades em relação a preços.




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SUSTENTABILIDADE PARA ALÉM DA RECICLAGEM

SUSTENTABILIDADE PARA ALÉM DA RECICLAGEM




     O título da postagem talvez sugira que eu seja contra trabalhar a questão da reciclagem, então inicio esclarecendo que não sou, ao contrário, penso que é muito importante a  reciclagem, a separação do lixo, mas ela é uma questão cultural-educacional, afinal de que adianta trabalharmos na escola a importância da reciclagem, da separação do lixo se o poder público da cidade onde moro não dispõe de coleta seletiva ou de um espaço para os catadores trabalharem? Haverá algum resultado se em casa separarmos o lixo e ao chegar na lixeira da rua for tudo para o mesmo local? 
     Para além da reciclagem, significa buscar outras ações, junto ao poder público que permitam as pequenas ações que podemos instigar na escola. Devemos questionar, exigir, pressionar para que seja feito o papel dos gestores ambientais da cidade. 
     Outro questionamento importante a ser levantado quando falamos em sustentabilidade diz respeito aos condomínios que "grandes investidores" estão interessados em implantar aqui. Sabemos que o poder econômico prevalece aquém da real preocupação ambiental. Há que se mensurar se é sustentável ou não ao município e às nossas riquezas este tipo de empreendimento.
     O homem busca o desenvolvimento econômico e muitas vezes não mede os prejuízos ambientais que este desenvolvimento possa trazer a médio e longo prazo. Utiliza-se das ciências e tecnologias para prejudicar o próprio meio onde vive. Um exemplo recente foi a tragédia de Mariana, ocorrida em Minas Gerais. O rompimento de uma barragem, feita pelos homens, causou mortes e destruição ambiental, cujas proporções ainda estão sendo verificadas.
     É preciso compreender que a ciência e o desenvolvimento podem estar aliados à sustentabilidade, desde que saibamos tratar as questões coma criticidade necessária, não nos deixando cegar pelo poder econômico.



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