A preocupação com nossos jovens, que caminhos seguir? Como tratar questões como respeito à orientação sexual, depressão e suicídio?

A preocupação com nossos jovens, que caminhos seguir? Como tratar questões como respeito à orientação sexual, depressão e suicídio?



Este é um assunto que tem tirado meu foco da graduação e até mesmo das pessoas mais próximas a mim... Preciso desabafar. Estou vivendo uma situação difícil, angustiante. Tenho um aluno de nono ano passando por problemas sérios de depressão, relacionados à dificuldade em lidar com sua orientação sexual, a paixão não correspondida por um colega de turma, o bullying sofrido...

Muitas noites sou tirada de meus afazeres em casa, de meus estudos e de meus filhos para ficar até a madrugada conversando com ele via whatspp, tentando ajudá-lo, com medo de, se eu desligar ele fazer uma bobagem. Não consigo desligar da situação dele, é como se fosse com meu filho.

Consegui, com auxílio da orientação da escola encaminhamento psicológico e psiquiátrico. O médico sugeriu internação, pois a ameaça de suicídio é real, mas a família "achou melhor " tratá-lo em casa. 

Minha pergunta é: como nos manter bem? Como ter suporte psicológico para lidar com situações como essa? Onde nos sentimos responsáveis para além dos conhecimentos, mas pela vida de alguém?? 

A Faculdade não nos prepara para isso, cada vez mais estamos acolhendo afetivamente nossos alunos, pois cada vez mais as famílias os estão deixando para nós. Que caminho seguir? Que decisão tomar?

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Planejamento como ação, não como mecânica reação.

Planejamento como ação, não como mecânica reação.





Planejar não pode ser mais visto como uma reação mecânica, o preenchimento de fichas ou cadernos, com verbos bonitos utilizados no infinitivo mas com a finitude de estar guardado em alguma pasta ou gaveta. O educador precisa ver a ação de planejar como um momento valioso, rico em significados e repleto de sua concepção pedagógica, ele deve ser o norte de seu trabalho, a bússola de sua prática.                                   

"Enquanto dispensávamos tempo em sala de aula, pensando exclusivamente no "como",deixando os planos exemplares em suas for­mas, pouco ou nada questionávamos sobre a "quem servíamos e para que e para quem" pensávamos em tais ações." RODRIGUES (2001).

Minha trajetória acabou me ensinando com os erros a planejar de forma correta, pois, infelizmente, não posso dizer que aprendi a fazer um planejamento na minha primeira graduação. No início de minha carreira (1998) ia para a sala de aula sem nada escrito, confiando naquilo que eu tinha aprendido sobre o conteúdo, no que eu devia "passar" a meus alunos. Hoje, não consigo ficar sem fazer o planejamento de todas as minhas 15 turmas. Preciso ter por escrito o que eu pretendo, como pretendo atingir, anoto as escolhas e observações dos meus alunos e alunas, percebo os momentos em que preciso retroceder ou mudar algo. O meu plano de trabalho anual está colado ao lado de cada página introdutória da turma, no meu diário, pois estou sendo recorrendo a ele, nunca o deixo guardado. 

Conforme nos trouxe Rays (2000), é preciso conhecer a realidade da escola, dos alunos, da comunidade, a cultura local, não adianta copiar planejamentos prontos de livros didáticos produzidos em grandes centros e distantes da realidade local. Objetivos claros, o que realmente queremos, em quê nossa proposta vai de fato auxiliar o estudante, procedimentos que deem resultados, que levem aos objetivos devem ser pensados no planejamento, e a avaliação, esta é fundamental, ela deve ser feita em todo o processo e não apenas ao final, pois durante a construção do conhecimento é a avaliação que nos permite observar se os objetivos traçados de início estão sendo alcançados. 

Respeitar os interesses dos educandos, o que eles trazem em sua bagagem cultural, seus anseios, angústias, dúvidas e curiosidades, permitir que explanem seus pensamentos, essa deve ser a proposta de um bom planejamento.

Gostei muito da disciplina de Didática, foi enriquecedora, reflexiva, encorajadora. Tenho tentado praticar todas as novas aprendizagens.



RAYS . Planejamento de ensino: um ato político-pedagógico. In: Oswaldo Alonso Rays. (Org.). Leituras da Educação. 1ed.Santa Maria: Editora Pallotti, 2000, v. 1, p. 167-186.






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