Somos consequência do meio em que vivemos?

Somos consequência do meio em que vivemos?

 

     Fiquei pensando nesta colocação durante a aula de  Representação do Mundo pelos Estudos Sociais e durante muitos anos eu pensava que não, que nosso meio não define quem somos, que cabe a nós escolhermos, mas depois de 17 anos em sala de aula essas certezas já me são falhas. Eu acreditava que diante do meio em que vivemos poderíamos fazer escolhas do tipo "quero isso para mim?", "vou ser igual ou diferente disso?", porque comigo foi assim, fiz minhas escolhas, não reproduzi o meio em que vivi em relação às coisas negativas.
     Mas nem todos conseguem isso, hoje percebo que sim, algumas pessoas são produto exclusivo do meio em que vivem, afinal como podem ser afetuosas se não conheceram afeto? Como podem ser honestas se vivem em meio à corrupção e violência?
     Enfrento diariamente situações em que a justificativa da influência do meio é utilizada e talvez seja este o ponto, o que incomoda aos professores. É difícil aceitar a afirmação de que somos produtos do meio em que vivemos, mas é mais difícil ainda não saber o que fazer para modificar isto.

     Não tenho a resposta para esta angústia e meu objetivo com esta postagem é justamente partilhar desse sentimento e esperar que ao longo do curso tenhamos algumas alternativas para lidar com esta situação.

 
 

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Vai ter aula normal?


Vai ter aula normal? 

 

     Às vezes me pego pensando nesta pergunta e percebo que aulas "normais" realmente não fazem muito o meu estilo. Ainda não fiz o Batman, mas já fiz muitos personagens e nesta semana trabalhando com uma princesa muito louca, mas que funciona percebi a importância do professor pesquisador, tão enfatizado durante as aulas, e ser pesquisador não significa só pesquisar no sentido teórico acadêmico, mas também a pesquisa que busca novas alternativas para ensinar, outras formas de colocar aos alunos possibilidades de "asas", como nosso querido Rubem Alves tão bem colocava em relação às escolas. 
     Gosto de pesquisar, nunca utilizei um planejamento igual de um ano para outro, ainda que trabalhando com as mesmas turmas, coloco fora para não correr o risco de repetir e aí me vejo "obrigada" a pesquisar, a buscar e o novo surge e assim as aulas são mais produtivas, permitem os pássaros fora da gaiola.





“O tempo que você gosta de perder não é tempo perdido" 
Bertrand Russell

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