APROXIMAR-SE DO ALUNO NOS FAZ COMPREENDÊ-LO

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      Nesta semana me detive a assistir a série "13 Reasons Why" (13 razões do porquê) na Netflix. Minha curiosidade foi aguçada por ouvir dos alunos comentários sobre ela e quando comecei a ver, simplesmente não consegui parar. Virei uma noite assistindo. 
     A série retrata a angústia de uma jovem diante de situações de bullying e até estupro, algo que às vezes parece tão distante e está mais próximo do que imaginamos. 
    Minha reflexão é sobre o papel do "Conselheiro" da escola, equivalente ao nosso "Orientador". Fiquei chocada ao perceber o quanto podemos ser responsáveis pelo que acontece na vida dos nossos alunos. Minimizar as questões que eles trazem é algo perigoso, assim como maximizar outras. Então, meu questionamento, qual é o equilíbrio? Como orientar nossos alunos que tem instabilidade emocional, afetiva, financeira, cada vez mais presentes em suas vidas? Me senti angustiada ao ver a série, por que me sentia preparada para me tornar orientadora escolar, adoro trabalhar com os alunos, sempre tive boa relação que se expande para além da sala de aula.Mas após assistir a série, que apesar de fictícia poderia ser real sem nenhum problema, penso que o papel do orientador escolar deve ser revisto. 
     Em minha escola temos uma excelente profissional, com uma experiência riquíssima e que para mim é exemplo, mas infelizmente não posso dizer o mesmo da maioria das escolas. O que encontramos são profissionais despreparados, sem contato real com os alunos, burocráticos e que veem o seu papel apenas como solucionador de conflitos e "aquele que conversa com o aluno problema". Cada vez mais é preciso que o orientador escolar se envolva com a comunidade escolar, a conheça e procure de fato tocar afetivamente seus educandos. Espero muito pela disciplina onde estudaremos mais esta temática.

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4 comentários:

Portfólio Profª. Silvana disse...

Boa Noite
Divido com você esta angustia. Hoje, conselho de classe em minha escola fiquei frustrada. Ouvindo uma madrasta dizendo o quanto estava tentando orientar seus enteados, em função da morte da mãe dos meninos e de como a mãe havia falecido. Ela colocou o quanto já havia procurado auxílio sem retorno. Me pergunto qual nosso limite, até onde devemos ir? Como auxiliar? Muitas vezes as famílias estão precisando de ajuda além dos muros da escola.

Portfólio Profª. Silvana disse...

Lu, preciso te dizer adorei teu blog e a disposição dos assuntos. "Muito tri!" Um abraço.

Lu Happeck disse...

Oi Silvana, obrigada! "Ela colocou o quanto já havia procurado auxílio sem retorno." isso preocupa, e hoje, como mãe, estou presidente do conselho escolar de uma escola de educação infantil, casualmente falávamos sobre a importância do papel da orientadora. O descomprometimento do profissional traz sérios riscos à comunidade escolar... Tomara que nossa formação nos prepare para este desafio.

Crediné disse...

Oi Lu, é de fato um tema muito importante e a série no leva a muitas reflexões. Além das preocupações que emergiram, que lições tiraste para a tua vida de mãe e professora. Como podemos contribuir no convívio com nossos filhos e alunos para construir um ambiente menos propício à manifestação de comportamentos que contribuam para a cultura do bullying?

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