Análise de "A maquinaria escolar"



Ao fazer a leitura de "A maquinaria escolar" percebemos que:
A escola pública, gratuita e sua função social às classes populares, bem como sua obrigatoriedade às mesmas é algo recente.
Alguns fatores contribuíram para a criação desta escola, como a criação do estatuto da infância, a necessidade de um espaço físico para educar um número de crianças, o aparecimento de “especialistas” prontos para lidar com estas crianças, o fim de outros métodos educativos e por fim a institucionalização, que veio através das sanções de leis que tornava obrigatória a participação das crianças nestes ambientes.
Já vimos na disciplina de “Infância dos 0 aos 10 anos” que a própria infância é fruto de uma construção social. Todas estas transformações advêm da Igreja do Renascimento que queria dominar as mudanças, evitando assim a perda do seu poder, e mais, ampliando este poder, de modo a não perder o controle sobre a sociedade, tudo isso ao mesmo tempo em que as mudanças religiosas e de organização nesta instituição ocorriam. Sob o efeito de diversas transformações históricas e sociais surge a Instituição “escola”.
O uso do termo “imobilizar no espaço” as crianças de 6 até 16 anos, nos faz refletir e de certa forma nos assusta um pouco. Principalmente por pertencermos a uma classe que não é vista como massa de manobra e sim como instrumentalizadora de transformações sociais significativas. Perceber a origem da escola como um ambiente com intuito de recolher e moralizar as crianças das classes sociais populares acaba por desconstruir conceitos que nos acompanham há anos.
Sabemos que só conseguiremos modificar o rumo das coisas conhecendo nossa própria história e a análise deste texto nos mostra isto, para mudar esta escola, instituída há décadas, com objetivos escusos que visavam à manutenção do poder a poucos é preciso observar e reescrever esta história, alterando a escola que conhecemos para a escola que queremos. Há um vídeo que ilustra parte do que é colocado no livro “A maquinaria escolar”, e este vídeo que compara escolas com fábricas no faz compreender pouco mais sobre estas questões históricas.
Como educadoras que somos e estamos nos formando continuamente devemos ter em mente que a submissão das massas está diretamente relacionada à falta de conscientização de sua condição de explorados e nós devemos lutar por uma escola de fato igualitária, no sentido de ser justa e de qualidade para todos e todas e ao mesmo tempo, que respeite a diversidade e a individualidade cada um. Somente pensando assim conseguiremos iniciar a busca pela escola que queremos..
Outro subsidio interessante para esta análise é o vídeo "Escola como fábrica" que segue abaixo:



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