12 HOMENS E UMA SENTENÇA

     Nesta semana tivemos um encontro de formação continuada para séries finais em meu município e assistimos ao filme "12 homens e uma sentença" de 1957. A proposta era associarmos à escola o que não foi difícil.






     Apesar do filme não ter absolutamente nenhuma relação direta e se tratar de um julgamento de assassinato, não foi difícil num primeiro momento vê-lo como um Conselho de Classe, assim como pude abstrair os seguintes elementos:


  • Aluno esperando um resultado;
  • "Júri" deveria ser unânime
  • "Ânimo" do juiz (gestão escolar) ao dizer "vocês tem uma responsabilidade nas mãos"
  • Sala quente (estrutura das escolas)
  • Todos trancados até concluir e dar o resultado final
  • O desânimo de quem já participou de muitos muitos momentos como aquele, a desistência de tentar mudar
  • Ter que priorizar o que realmente importava, na visão de alguns
  • Conversas banais
  • Sempre há quem queira terminar logo
  • Pessoas sem argumento
  • Sempre há quem não se manifeste
  • "Crianças vindas da miséria são uma ameça" (frase)
  • Reflexão levou a se colocar no lugar do outro
  • Pessoas erram
  • Não é fácil se posicionar contra os outros
  • Ideias precedidas de frases feitas
  • Jogo da velha (cena) = celular
  • Há os que tentam ganhar no grito
  • O preconceito sempre obscurece a verdade.

     Vale muito a pena assistir e refletir, de forma a perceber como um filme tão antigo pode trazer tantos elemento pertencentes à escola atual. Pude, com o filme relacionar conhecimentos adquiridos no curso de graduação e perceber o quanto o conhecimento do indivíduo como ser único e todas as suas potencialidades devem ser analisadas quando estamos num momento tão importante como o de uma avaliação final, que mexe diretamente com a vida dos estudantes.


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Relações Líquidas


Ao estudar sobre Infâncias lemos algumas coisas do sociólogo Bauman e o que ficou para mim, em especial relacionando com minha vida, esta semana e neste momento foi a questão das relações líquidas:


Está cada vez mais difícil constituirmos relações sólidas, muitos valores estão se perdendo a sociedade está se tornando cada vez mais superficial. Hoje, dizem "eu te amo" à pessoas que conheceram há dez minutos e uma semana depois a frase pode ser "eu te odeio". As crianças pós-modernas vivem em diferentes constituições familiares porque muitas vezes os casamentos duram cada vez menos, a intolerância e o desrespeito predominam. Diante deste quadro assustador é muito difícil, não apenas educar, mas viver... Se as pessoas não começarem a rever posturas, conceitos e valores, como a real importância das relações a tendência é  "liquidificar" cada vez mais...



Eu ainda deposito esperança nos jovens, mas o que vemos, infelizmente não é positivo...

Hoje não foi um bom dia, então prefiro concluir Balman:



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Emília Ferreiro

     



     Eu havia faltado na presencial de Alfabetização e ainda sofro com isso, mas foram questões de saúde, que infelizmente não dependiam de mim. Estava com "medo" desta disciplina, e explico: sou formada em Letras/Língua Inglesa e a faculdade já havia me apresentado às disciplinas de História, Psicologia etc, mas não tenho magistério e me apavorava a ideia da abrangência da disciplina de Alfabetização. Meu estranhamento, medo e receio se dava por pensar que talvez eu não conseguisse compreender, como as colegas do magistério, o que é a Alfabetização e como ela se dá, mas agora, respiro aliviada. 

     Graças ao material que a professora nos proporcionou pude compreender melhor sobre Emília Ferreiro, o que ela estudou e compreendeu sobre este conceito tão complexo e logo vou explanar melhor e com mais propriedade sobre eles.

     Fico feliz em perceber que palavras que antes me soavam completamente sem sentido como silábico, pré-silábico, alfabético começam a me fazer desacomodar e buscar mais, fazendo com que eu comece a perceber o significado real delas. Tenho certeza de que Alfabetização será uma das melhores disciplinas.



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Dos sonhos de Infância

Arrumando minhas coisas para a chegada do novo bebê encontrei um caderno de redação, de 1988 (27 anos???), quando eu estava na terceira série primária, onde coloco o que vim fazer no mundo... adorei reler e ver que muito daquela menina inocente permanece... Sim, vim para mudar o mundo, sim, só depende de mim e olha só, meu sonho... tornou-se realidade...


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Mecanismos de Defesa



     Muito interessante o estudo que estamos fazendo em Psicologia sobre os Mecanismos de Defesa do Ego... Ao ler o material disponibilizado pela professora e os casos citados como exemplo pelas colegas fica mais fácil compreender a mente humana, entender que todos nós estamos constantemente utilizando vários mecanismos nas relações que estabelecemos com o outro.

Também fica mais fácil "olhar" nossos alunos e suas famílias, ao ter este conhecimento sobre o mecanismos de defesa consegui entender algumas atitudes, que até então eu julgava propositais. Mais uma vez fica, para mim, comprovado que o conhecimento muda as pessoas...

     O vídeo abaixo é um exemplo lúdico dos constantes conflitos que enfrentamos diariamente... 



Concluo que, precisamos enquanto profissionais da Educação, estarmos cada vez mais atentos, não cobrir os olhos e os ouvidos, falar o necessário e mudar o nosso OLHAR sobre as pessoas sempre...



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Fundamentos da Alfabetização


    
 Infelizmente, por questões de saúde, associada à minha gravidez não pude comparecer à primeira presencial desta disciplina e lamentei profundamente, mas tão logo me restabeleci, busquei a atividade a ser feita e gostei muito da reflexão acerca dos três questionamentos que nos foram dados, por este motivo os reproduzo neste espaço:

1- Como você foi alfabetizada?

Acredito que minha alfabetização começou em casa, com meu pai que era um leitor e nos incentivava muito, lembro-me dele lendo a revista “Seleções” e o jornal “A folha de São Paulo”, curiosa que sempre fui tentava ler, aos poucos ele foi me ensinando a juntar letras, logo depois fui pra escola de freiras e éramos muito cobrados, lembro de quando recebi o diploma de “alfabetizada”, quando tínhamos prova de leitura com a madre diretora, do lado de fora da sala de aula, era um momento tenso e neste dia eu tirei 10, li com fluência e recebi os parabéns na escola e em casa.

2- Como você se ''vê'' como alfabetizadora?


Consigo me enxergar como uma boa alfabetizadora, mesmo ainda não sendo, porque eu acredito na magia das letras, acredito no poder libertador da alfabetização como elemento de mudança e transformação social, consigo perceber a alfabetização como um momento único, marcante e especial na vida de qualquer pessoa, tenha ela seis ou sessenta anos. Sei da responsabilidade que o mediador da alfabetização tem e penso que estou preparada para este desafio. Ao mesmo tempo, tenho muito medo, de não conseguir compreender este processo tão mágico e ao mesmo tempo tão complexo, enfim, penso que devo estudar e me dedicar muito a esta disciplina, para que assim possa de fato me ver como alfabetizadora.

3- Que questões inquietam você com relação a alfabetização?

  O que me inquieta é forma como vem sendo encarada a alfabetização e as mudanças que estão ocorrendo em relação à mesma, em todos os níveis. O Pacto Nacional da Alfabetização na Idade Certa é um exemplo de uma inquietação que surgiu na construção da Conae 2010. Perceber que temos que rever a construção deste processo foi o que instituiu o pacto, afinal ou as crianças iam passando as séries ou anos, sem estar de fato alfabetizadas ou eram alfabetizadas precocemente, pulando etapas anteriores fundamentais ao processo como um todo. A alfabetização até o terceiro ano do ensino fundamental prevê, por exemplo, o respeito a individualidade dos alunos, cada ser é único e cada criança tem seu tempo, algumas aprendem antes, outras depois, lidar com toda esta diversidade é um dos desafios que me inquietam.




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Análise de "A maquinaria escolar"



Ao fazer a leitura de "A maquinaria escolar" percebemos que:
A escola pública, gratuita e sua função social às classes populares, bem como sua obrigatoriedade às mesmas é algo recente.
Alguns fatores contribuíram para a criação desta escola, como a criação do estatuto da infância, a necessidade de um espaço físico para educar um número de crianças, o aparecimento de “especialistas” prontos para lidar com estas crianças, o fim de outros métodos educativos e por fim a institucionalização, que veio através das sanções de leis que tornava obrigatória a participação das crianças nestes ambientes.
Já vimos na disciplina de “Infância dos 0 aos 10 anos” que a própria infância é fruto de uma construção social. Todas estas transformações advêm da Igreja do Renascimento que queria dominar as mudanças, evitando assim a perda do seu poder, e mais, ampliando este poder, de modo a não perder o controle sobre a sociedade, tudo isso ao mesmo tempo em que as mudanças religiosas e de organização nesta instituição ocorriam. Sob o efeito de diversas transformações históricas e sociais surge a Instituição “escola”.
O uso do termo “imobilizar no espaço” as crianças de 6 até 16 anos, nos faz refletir e de certa forma nos assusta um pouco. Principalmente por pertencermos a uma classe que não é vista como massa de manobra e sim como instrumentalizadora de transformações sociais significativas. Perceber a origem da escola como um ambiente com intuito de recolher e moralizar as crianças das classes sociais populares acaba por desconstruir conceitos que nos acompanham há anos.
Sabemos que só conseguiremos modificar o rumo das coisas conhecendo nossa própria história e a análise deste texto nos mostra isto, para mudar esta escola, instituída há décadas, com objetivos escusos que visavam à manutenção do poder a poucos é preciso observar e reescrever esta história, alterando a escola que conhecemos para a escola que queremos. Há um vídeo que ilustra parte do que é colocado no livro “A maquinaria escolar”, e este vídeo que compara escolas com fábricas no faz compreender pouco mais sobre estas questões históricas.
Como educadoras que somos e estamos nos formando continuamente devemos ter em mente que a submissão das massas está diretamente relacionada à falta de conscientização de sua condição de explorados e nós devemos lutar por uma escola de fato igualitária, no sentido de ser justa e de qualidade para todos e todas e ao mesmo tempo, que respeite a diversidade e a individualidade cada um. Somente pensando assim conseguiremos iniciar a busca pela escola que queremos..
Outro subsidio interessante para esta análise é o vídeo "Escola como fábrica" que segue abaixo:



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Tonucci... figura que vai aparecer muito no meu blog...

 Eu adoro Tonucci... conheci seu trabalho há alguns anos e aprendi o quanto as imagens podem dizer muito...

Ao escolher esta imagem para a postagem, a princípio não havia feito nenhuma relação direta com o que havíamos estudado até então. Pois hoje (28/09), ao ler "A Maquinaria Escolar", percebi que esta imagem representaria muito bem a ideia da construção da instituição escolar e muito do que prevalece ainda hoje. Basta olhar atentamente a imagem para perceber que a criança entra nesta instituição de um jeito, mas seus desejos são colocados de lado, e ela é moldada visando um objetivo, que ao longo dos anos sofreu poucas alterações, permanecendo como maior deles a manutenção do poder nas mãos de poucos.


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Saudades da Infância...

se eu pudesse voltar na minha infância...

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A reinvenção da Infância

     Hoje, nossa primeira aula na disciplina de "Infâncias dos 0 aos 10 anos", com a professora Samantha Dias de Lima foi muito interessante, principalmente porque nos desacomodou, nos instigou imediatamente a rever conceitos que nos acompanham há anos.
     Logo no início da aula, nos primeiros slides me veio à memória o documentário "A invenção da Infância", que assisti pela primeira vez em meados de 2003. Resolvi revê-lo e a partir dele, com as construções da aula de hoje tentar reinventar o conceito de Infância. Gostei do trecho da sinopse que diz " Ser criança não significa ter infância"... a partir desta frase vou colocar minha opinião sobre o assunto e tentar conceituar a Infância. 



     Ao assistir o documentário podemos ver que realmente a infância, como nos disse a professora Samantha depende muito do contexto social dos adultos, que acaba por respingar nas crianças. Falamos em aula sobre as crianças de tempos atrás, que tinham respeito à hierarquia, estrutura familiar, disciplina, eram criativas nas brincadeiras, mas se observarmos o contexto social de muitas crianças que são obrigadas a trabalhar, elas respeitam seus pais, tanto é que trabalham a "mando" deles, brincam com os recursos que tem, são criativas...Mas seu tempo de infância é curto, limitado. Há as crianças do contexto social "privilegiado" que não precisam ajudar no sustento da família, mas que estão sufocadas por tantas opções, balé, inglês, natação, computador, celular, Iphone, etc. Este desequilíbrio pedagógico existe, quando não compreendemos que a infância é um fenômeno social, coletivo e cultural de determinada sociedade e a criança é o sujeito individual, portanto ser criança não significa ter infância.
     Durante três anos estive, com uma equipe maravilhosa à frente de um projeto chamado "Educação Cidadã", em meu município e ao ouvir a professora falar em Infância Cidadã automaticamente remeti meus pensamentos ao que também acredito, que as crianças devem ter acesso aos direitos, usufruindo deles com liberdade e igualdade e também com responsabilidade, sendo assim, de fato, produtores de cultura.
     Para isso, devemos compreender que mudaram as formas como a criança experimenta e se apresenta e assim, repensar nossa prática. Fiquei com o questionamento que nos foi dado: "Em que momento as crianças participam?". Espero ter uma resposta em breve, porque dentro da minha prática penso que elas poderiam participar mais, me senti motivada a encontrar esta resposta, a ser postada logo.

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Escolarização, espaço e tempo na perspectiva histórica

     Na primeira aula desta disciplina, muita coisa chamou minha atenção. A questão histórica da Educação:

Religiosa X Laica
Pública X Privada
Rural X Urbana
Ens. Técnico X Ens. Superior

     E todas estas, de alguma forma levando à exclusão. O fato de que a escola acabou por deslegitimar outras formas de socialização, trazendo para si toda a responsabilidade do ser social. Além disso, outra coisa que destaco são os aspectos da boa formação:

  • Reflexão;
  • Teoria não vazia;
  • Sujeitos do conhecimento;
  • Não transferir conhecimentos;
  • Saberes qualitativos;
  • Pesquisa, criticidade, ética, estética, identidade, reconhecimento.

     Logo depois entramos na questão da memória, no resgate dos "porquês", na busca dos motivos que nos levaram a sermos educadores. Eu colocaria como resposta o misto do dom, com vocação, desafio, comprometimento, algo intrínseco, o acreditar num mundo melhor através da educação. Ser professora para mim, foi uma escolha e uma descoberta.



     Já em casa, no final de semana assisti a um filme que me lembrou a aula "Para sempre Alice", cujo trailer disponibilizo abaixo:


     Este filme me fez refletir muito sobre a questão da memória, o que somos sem nossas memórias, enfim, percebi que devemos valorizar as aprendizagens diárias, os momentos, as escolhas, aquilo que realmente tem importância para nós.



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Retomando leituras





   Neste final de semana resolvi retomar leituras que considero importantes para qualquer educador comprometido com sua prática e obviamente iniciei por "Pedagogia do Oprimido" e "Pedagogia da Indignação", ambos do mestre Paulo Freire. Felizmente nesta longa caminhada de 17 anos em Educação posso afirmar que sou freiriana, acredito que a palavra ajuda o homem a tornar-se homem e que alfabetizar é ensinar o uso da palavra, gosto muito da colocação de Freire ao dizer " Não basta saber ler que 'Eva viu a uva'. É preciso compreender qual a posição que Eva ocupa no seu contexto social, quem trabalha para produzir a uva e quem lucra com esse trabalho" Freire em Educação na Cidade

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Nós não aprendemos...



     Seria, para mim, impossível não trazer esta charge, este assunto em minhas reflexões... Nesta semana todos nós nos chocamos com a imagem da criança, refugiada da Síria, morta, após uma tentativa desesperada de seus pais de que ela tivesse liberdade e vida digna. Claro, como milhões de pessoas pelo mundo, fiquei chocada, mas e depois? O que eu fiz? Quando vi esta charge imediatamente lembrei da criança de Hiroshima e da criança da África, vítimas de todos nós. Os fotógrafos ganharam a foto do ano, mas carregam consigo um peso dividido entre milhares de pessoas, o que fizemos para mudar isso?

    A resposta é pessimista; nada ou muito pouco. E busquei, em meu interior, soluções, lamentavelmente, eu, que sempre tenho respostas para tudo emudeci... Mas não costumo ser espectadora da vida e usei de meu maior impulso diante dos obstáculos; minha Indignação e resolvi que, o que posso fazer é a partir daquilo que acredito mudar as pessoas, para que elas ajudem a mudar o mundo, resolvi que vou levar esta charge para as aulas, refletir com meus alunos, fazer com que pensem em soluções, ou, que ao menos valorizem a vida e a liberdade.

   Continuo buscando respostas e infelizmente, concluo que "nós AINDA não aprendemos", mas não posso como educadora deixar de acreditar que seja possível aprender...
     


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Tempo amigo, seja legal... uma reflexão sobre a busca do tempo

Tempo amigo, seja legal... uma reflexão sobre a busca do tempo





           É um assunto complexo, refletir sobre o tempo, algo que não é palpável, e tentar discorrer sobre este num final de trimestre escolar, em meio a 150 avaliações descritivas para fazer, 150 notas para fechar, uma gravidez entrando no segundo trimestre, uma família e uma nova faculdade torna a tarefa ainda mais desafiadora. 

    Ainda hoje, ao irmos para Imbé, eu e outras colegas refletíamos sobre o tempo e uma delas me questionava como eu dava conta de tantas coisas, se eu não dormia. Rimos e eu disse algo que aprendi com uma grande mestra "quanto menos tempo temos, mais tempo arrumamos" e isso é algo comprovado em minha vida.

     Chegamos atrasadas na aula e o professor Credine nos deu uma folha para organizarmos nosso tempo:






     Não foi difícil organizá-la dentro do que eu já faço, pois eu dizia que uma das questões que tento fazer é dividir meu dia. Ocorre que ao final da folha resolvi conferir, não se havia disposto as 20 horas do curso, mas contar quantas horas eu havia dedicado à minha família. O resultado foi menos do que o tempo trabalhado e fiquei muito triste. Vim para casa refletindo, com saudades do meu filho que fico dois dias sem ver e pensando se irei dar conta de tanta coisa. 

     Por outro lado, concluí que infelizmente não podemos apenas ter horas de lazer com quem amamos, os esforços são necessários e imediatamente me veio à mente a música da banda Pato Fu, "Sobre o tempo". Eu, definitivamente espero que o tempo continue sendo legal, amigo, visto que talvez eu tenha menos horas com a família, mas as horas que tenho procuro fazer com que sejam de qualidade. 

     Quanto ao receio de conseguir cumprir todas as tarefas listadas, eu conto com minha fé na crença de que nada é por acaso e que tudo que aparece em nossa vida tem uma razão, portanto, era para eu estar exatamente onde e na condição em que estou. Cabe apenas a mim organizar, desorganizar e reorganizar meu tempo, da melhor maneira possível, desde que eu continue me sentindo feliz e realizada em todos os aspectos de minha vida e que eu apenas me veja ganhando tempo e vida, jamais perdendo algo.



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Para auxiliar as colegas

     

     Segue aqui o link para o tutorial de criação e blogs das colegas. No menu da direita também linkei os blogs já prontos.Espero ter contribuído.

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Desenvolvimento e Aprendizagem sob o enfoque da Psicologia I

           No último dia 25 tivemos nossa primeira aula de Psicologia, com a professora Tânia Beatriz Iwaszko Marques. Sou admiradora desta área, então estava ansiosa, minha ansiedade transformou-se em conhecimento, simplesmente adorei a aula. Já havia estudado Psicologia no curso de Letras, mas confesso que neste momento me sinto mais preparada e atenta às aprendizagens.

            Compreender a origem da Psicanálise, perceber que alguns mecanismos de defesa são saudáveis e necessários em alguns momentos foi enriquecedor. A técnica da "teoria de inversão" colocada pela professora para lidar com a negação de alguns pais foi extremamente valiosa na minha prática diária e já dividi isto na escola onde atuo. 

           Acredito na fundamentação teórica e costumo buscar os livros ou artigos que são indicados pelos professores. No caso desta aula a indicação do livro  O primeiro ano de vida de Rene Spitz foi válida e está na minha lista de futuras aquisições. O melhor achado foi o livro UM AMOR CONQUISTADO: O MITO DO AMOR MATERNO de Elisabeth Badinter que encontrei em PDF, já baixei e iniciei a leitura, como disse nossa professora é um livro forte, que nos faz pensar. 

           Diante de tantos exemplos, vivências das colegas, construímos muitos conhecimentos, mas eu destacaria a questão do limite da repressão e das citações de Freud: "A repressão gera neurose (...) Sem repressão não existe civilização", ou seja, há que se encontrar o equilíbrio, não se reprime além da capacidade de suportar que o sujeito tem, seja ele uma criança ou um adulto. Ressaltaria também a complexidade da construção do "não" pelas crianças, isso me fez pensar muito em erros cometidos enquanto educadora, por 17 anos... Rever os conceitos de id, ego e superego foi de grande valia, para compreender algumas situações vivenciais. E, por fim, destacaria aquilo que tanto busco, a "autonomia", o respeito mútuo, o termo que na origem grega tem significados associados à liberdade e independência e ao ouvir mais sobre isso me fez acreditar que um outro mundo é possível e ele só existirá através da educação cidadã. 

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Primeiras Impressões


Primeiras Impressões


   Meu primeiro dia de UFRGS foi um misto de sentimentos, pensamentos, visões... Ao mesmo tempo em que me senti emocionada, afinal era um sonho de 17 anos ser aluna da melhor Universidade do RS, fui tomada de um assombro, um receio típico ao desconhecido. Como será? Eu darei conta? Será que deveria estar aqui? Durante as apresentações das colegas fui me acalmando e reorganizando os pensamentos, percebi que haviam histórias diversas, afinidades, enfim, todos que lá estávamos nos unimos nos questionamentos e percepções da primeira aula. Compreendi que mais uma vez a vida sempre se encarrega das respostas e as minhas virão somente ao final do curso e para encontrá-las terei de chegar até lá, então, o jeito é abrir a mente a novos conhecimentos!

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