Infelizmente, por questões de saúde, associada à minha gravidez não pude comparecer à primeira presencial desta disciplina e lamentei profundamente, mas tão logo me restabeleci, busquei a atividade a ser feita e gostei muito da reflexão acerca dos três questionamentos que nos foram dados, por este motivo os reproduzo neste espaço:
1- Como você foi alfabetizada?
Acredito que minha alfabetização começou em casa, com meu pai que era um leitor e nos incentivava muito, lembro-me dele lendo a revista “Seleções” e o jornal “A folha de São Paulo”, curiosa que sempre fui tentava ler, aos poucos ele foi me ensinando a juntar letras, logo depois fui pra escola de freiras e éramos muito cobrados, lembro de quando recebi o diploma de “alfabetizada”, quando tínhamos prova de leitura com a madre diretora, do lado de fora da sala de aula, era um momento tenso e neste dia eu tirei 10, li com fluência e recebi os parabéns na escola e em casa.
2- Como você se ''vê'' como alfabetizadora?
Consigo me enxergar como uma boa alfabetizadora, mesmo ainda não sendo, porque eu acredito na magia das letras, acredito no poder libertador da alfabetização como elemento de mudança e transformação social, consigo perceber a alfabetização como um momento único, marcante e especial na vida de qualquer pessoa, tenha ela seis ou sessenta anos. Sei da responsabilidade que o mediador da alfabetização tem e penso que estou preparada para este desafio. Ao mesmo tempo, tenho muito medo, de não conseguir compreender este processo tão mágico e ao mesmo tempo tão complexo, enfim, penso que devo estudar e me dedicar muito a esta disciplina, para que assim possa de fato me ver como alfabetizadora.
3- Que questões inquietam você com relação a alfabetização?
O que me inquieta é forma como vem sendo encarada a alfabetização e as mudanças que estão ocorrendo em relação à mesma, em todos os níveis. O Pacto Nacional da Alfabetização na Idade Certa é um exemplo de uma inquietação que surgiu na construção da Conae 2010. Perceber que temos que rever a construção deste processo foi o que instituiu o pacto, afinal ou as crianças iam passando as séries ou anos, sem estar de fato alfabetizadas ou eram alfabetizadas precocemente, pulando etapas anteriores fundamentais ao processo como um todo. A alfabetização até o terceiro ano do ensino fundamental prevê, por exemplo, o respeito a individualidade dos alunos, cada ser é único e cada criança tem seu tempo, algumas aprendem antes, outras depois, lidar com toda esta diversidade é um dos desafios que me inquietam.
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